No Brasil comemoramos os duzentos anos da chegada da missão artística
francesa, liderada por Joachim Lebreton,
trazida `por ordem e às
custas de D. João VI, então regente do
Império. D. João que se instalara com a corte no Brasil, ajudados pelos ingleses, pra fugir do cerco de Napoleão
que invadia todos os países da Europa,
em 1808.
Com Napoleão no poder, os
artistas néo clássicos na França foram
prestigiados como Jacques Louis David e seu primo Jean Baptista Debret. Mas em 1814 os ingleses derrotam o
imperador e esses artistas ficam órfãos
Sem Napoleão na França,
Lebreton, então administrador
da Escola de Belas Artes em Paris, teve que se exilar. D. João que logo em seguida, em 1816 se torna imperador
com a morte da mãe, trata de abrir os portos ás nações amigas, fundar o Banco
do Brasil e seus diplomatas arquitetam
trazer uma missão artística, fundar o ensino superior, urbanizar as cidades,
etc.
porque desde a expulsão dos jesuítas pelo Marquês
de Pomba, em 1759, no Brasil a educação era precária. Por outro lado. esse erá o interesse
do governo francês para reparar alguns delizes
de Napoleão.
Muito do que desejaram os franceses não conseguiram fazer, mas, curiosos
das características da terra exótica, e batalhadores,
deixaram sua marca e publicaram em Paris
livros ilustrados sobre nossa flora, fauna, população indígena e negra,
arquitetura, costumes e caracteristicas
que não se limitaram à cidade do Rio de Janeiro, mas a varias regiões do
pais.
Mas, voltando a
Napoleão, D. João não era conhecido como uma figura de intelectual ou ligado à ciência, as artes,
etc, Como seu neto Pedro II. Napoleão
ficou dez anos no poder e deixou um
legado
Ao que parece, os ministros
de D. Joao ficaram influenciado pela personalidade do Corso que, mirando-se em
Alexandre o Grande quis conquistar os mesmos territórios que o grego. E ao mirar o Egito, em 1798, arrebanhou
nada menos de 167 cientistas, artistas,
engenheiros botânicos, enfim profissionais
que englobavam todas as atividades humanas para de lá trazer um dossiê completo sobre a
civilização do pais que Alexandre
conquistou. Para só falar em arte, levou
Dominique Vivant Denon, um pintor, escritor, arqueólogo e diplomata que passou meses copiando pela primeira vez os desenhos dos túmulos do Vale
dos Reis, maravilhado. Desenhou 40.000 paginas.
, E deu o ponta pé inicial na arqueologia. Foi o primeiro egiptólogo da historia. . Hoje ele dá seu nome a uma ala
do Museu do Louvre.
Além de desenhos da arte egipcia, os franceses
levaram a pedra De Roseta, que tem esse nome por ter sido encontrada
na cidade com esse nome, onde
um mesmo texto está em três
línguas: Egipcio antigo, demótico que seria um egípcio tardio e em grego
antigo. . Mas os ingleses estavam na
cola do Imperador, a expedição militar de apenas quatro meses foi um fracasso e no ano seguinte os
ingleses confiscam todo esse material. Dizem que da pedra de Roseta foram feitas inúmeras copias e distribuídas entre todos os lingüistas, e graças
a isso, na França, o linguista Champolion,
pode decifra-la, em 1822.. A pedra como muitas
outros materiais está hoje no
Museu Britânico Em compensação, os desenhos de Denon, publicados num livro, de
24 volumes fizeram tanto sucesso que a moda egipcia inundou a França. Roupas, penteados,
maquilagem, móveis,. Objetos decorativos , arte, etc. Além, é
claro, de despertar o turismo e a curiosidade de arqueólogos. .